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Coronavírus é resultado direto da relação humana com o meio ambiente

Atualizado: 19 de mar. de 2021

A atual pandemia causada pelo coronavírus já atinge mais de 53 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Só no Brasil, a Covid-19 atingiu quase 6 milhões e ceifou a vida de 164.855 brasileiros, segundo dados mais recentes. Apesar de assuntos relacionados a pandemia serem muito recorrentes, pouco se fala de como ela está ligada diretamente a questão ambiental.

Ainda com muitos lugares paralisados, como faculdades e escolas, desemprego e inflação em alta, as perspectivas no país não são muito otimistas para o futuro. Em meio a tudo isso, muitos se questionam qual seria a origem desse vírus que marcou a história do mundo. No entanto, o que pode não ser de amplo conhecimento, é que o surgimento do coronavírus está ligado diretamente com a relação humana com a natureza.


O que é coronavírus?

COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo novo coronavírus. Esse vírus faz parte de uma família de agentes infecciosos causadores de infecções respiratórias e descobertos em 1937. No ano de 1965, o vírus recebe o nome de “coronavírus” por ter uma formação semelhante a uma coroa na visão do microscópio. Mas é em 2019 que, em Wuhan, na China, uma nova variação desse vírus é registrada, o SARS-CoV-2, muito mais mortal e infeccioso que as outras variações identificadas.

O SARS-CoV-2 pode gerar consequências severas - a doença, denominada COVID-19, pode chegar a infecções respiratórias graves. No entanto, 80% das pessoas com o vírus não chegam a ter sintomas, enquanto 20% apresentam dificuldades de respiração e 5% podem chegar a um quadro de insuficiência respiratória.


Mas, afinal, como surgiu o SARS-Cov-2 ou Coronavírus?

Muitas foram as teorias mirabolantes ou resultados de pesquisas científicas que surgiram logo que o coronavírus começou a avançar com rapidez por todo globo. Apesar de não existir um consenso no meio científico, existem algumas teorias que são mais aceitas. Aqui vamos trazer um panorama de algumas das descobertas sobre o vírus SARS-Cov-2 dentro da comunidade científica.

Segundo divulgação científica produzido pela equipe do Canal Ciência/ IBICT/MCTIC, em 2019, na região de Wuhan, na China, surge um vírus batizado provisoriamente de 2019-nCoV, e que depois começa a ser conhecido como SARS-CoV-2. Desde o surgimento dos primeiros casos de pacientes com pneumonia e origem desconhecida em dezembro de 2019, a incidência de uma doença desconhecida é associada à circulação de pessoas no mercado de peixes e frutos do mar de Wuhan. Apesar do citado mercado vender peixes e frutos do mar, descobriu-se que ali também vendiam animais silvestres (morcegos) para humanos. Até a constatação desse fato, essa era considerada a origem da pandemia da COVID-19.

Segundo as primeiras descobertas, a transmissão do vírus foi facilitada, então, pela proximidade não natural que os animais se encontram dentro desse mercado onde tudo se iniciou. Assim, o vírus originário dos morcegos, teria evoluído e se hospedado no mamífero pangolim, vendido também no mercado de Wuhan.

No entanto, novas pesquisas surgiram com teorias que colocaram em xeque as primeiras descobertas. Segundo o virologista e especialista em coronavírus Paulo Eduardo Brandão, professor da Universidade de São Paulo (USP), em coluna para a VEJA SAÚDE, ele explica que, na realidade, os coronavírus são comuns na natureza e têm nos morcegos hospedeiros preferidos. No entanto, alguns vírus podem ‘pular’ de morcegos para humanos. Isso pode ocorrer ao longo de saltos entre espécies, podendo usar porcos, cavalos e outros como intermediários. É o que, segundo Brandão, se chama de zoonose, uma doença transmissível entre humanos e outros bichos.

Entretanto, o virologista também afirma que, uma vez que se seguiu a árvore genealógica da família dos vírus corona, o nascimento do coronavírus como conhecemos hoje é compatível com uma evolução já esperada na natureza e sua adaptação a espécie humana. Logo, isso derrubaria a teoria do pangolim como intermediário, e colocaria a trajetória do vírus como algo natural e previsto dentro da cadeia evolutiva. Brandão ainda afirma que, dentro do assunto do contágio: “Contatos próximos podem expor as pessoas a fezes, urina e secreções respiratórias desses mamíferos. E elas podem estar repletas de vírus. Cavernas, árvores e abrigos artificiais como telhados podem propiciar esses encontros — que são fortuitos ou deliberados, como em uma atividade de pesquisa ou no caso de alguém que busque morcegos como alimento.”

Mesmo com as pesquisas e descobertas novas todos os dias, a comunidade científica ainda não chegou a nenhuma conclusão decisiva. O que se sabe, até aqui, é que o surgimento do corona, com hospedeiros, morcegos ou pangolins, é ainda um resultado da mão do homem na natureza.


E como nós, humanos, podemos evitar futuras pandemias?

A situação atual e a relação entre pandemia e como o homem se relaciona com o meio ambiente precisa ser compreendida pela população. Assim, gerará a consciência que leve a que cada pessoa ofereça sua parcela de cooperação. Pensar que, se o mundo tivesse uma cultura vegetariana difundida, não haveriam 53 milhões de pessoas contaminadas e 1.307.501 de pessoas mortas por um vírus altamente contagiante e fruto de atividades humanas, é algo a se refletir.


Fontes de informação:


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