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Depois de nove anos paralisado, Parlamento Amazônico é reativado

Na última segunda-feira (21), o Parlamaz (Parlamento Amazônico) foi oficialmente reativado. No início de 2020, o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), havia iniciado um projeto para retomada das atividades da organização. Criado em 1989 com o objetivo principal de proteger a região amazônica, o Parlamaz já somava oito anos sem atividades regulares. O parlamento funcionou durante alguns anos após a sua criação mas acabou desmobilizado, sendo reativado em 2001, com nova paralisação alguns anos depois.

Na organização, estão representantes do Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru, Venezuela, Guiana, Suriname e Equador. Por unanimidade, Nelsinho Trad foi eleito para presidir a organização. Em reunião remota, ficou decidido que os membros indicariam candidatos para a vice-presidência até o dia 21 de janeiro, bem como os apontamentos para o plano de trabalho do colegiado.

Em reunião remota para ativação do parlamento, Trad ainda afirmou: “Nossa pauta principal é a proteção do nosso imenso patrimônio, constituído pela floresta amazônica. São 7 milhões de km quadrados de pura riqueza na região de maior biodiversidade do mundo”.

Segundo Carlos Alberto Lázare Teixeira, da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca), o Parlamaz é um canal de diálogo e cooperação entre os legislativos desses países, fundamental para consolidar as políticas de Estado necessárias à Amazônia. Teixeira ainda afirma: "Nosso grande esforço é para difundir todos os elementos fundamentais para a região, baseado na centralidade do ser humano, já que há ali cerca de 35 milhões de habitantes. Também é importante que todos os membros mostrem seu apoio ao tratado, com a missão de levar em frente toda essa agenda de cooperação".


Floresta Amazônica e proteção

A reativação do Parlamaz tem como pauta principal, segundo líderes, a proteção da região amazônica. A proteção da floresta amazônica se tornou um assunto ainda mais relevante devido às últimas notícias sobre desmatamento e desinteresse governamental por parte da proteção da floresta tropical. Segundo dados divulgados em novembro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada na Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020 foi de 11.088 km². Esses números apontam um aumento de 9,5% em relação ao período anterior (agosto de 2018 a julho de 2019).

"Por causa do desmatamento, o Brasil deve ser o único grande emissor de gases de efeito estufa que aumenta suas emissões no ano em que a economia global parou devido à pandemia", avaliou o Observatório do Clima, uma coalizão de ONGs brasileiras focadas nas mudanças climáticas.


Sobre o Parlamaz

Criação: 1988

Objetivo: estabelecer políticas integradas para estreitar relações entre países sobre as questões amazônicas e promover cooperação e o desenvolvimento sustentável da região

Membros:

  • Brasil: Nelsinho Trad (PSD-MS), Eduardo Braga (MDB-AM), Plínio Valério (PSDB-AM), Paulo Rocha (PT-PA) e Telmário Mota (Pros-RR); deputados Marcelo Ramos (PL-AM), Léo Moraes (Podemos-RO), Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e José Ricardo (PT-AM)

  • Bolívia: Marta Ruiz Flores, Sara Kattya Condori, Carlos Hernán Arrien Aleiza, Alcira Rodríguez, Ana Meriles e Genaro Adolfo Mendoza

  • Colômbia: Germán Alcides, Blanco Álvares, Harry Gonzalez, Henry Correal, Juan David Velez, Maritza Martinez, Harold Valencia, Carlos Cuenca e Jorge Guevara

  • Equador: Fernando Flores, Carlos Cambala

  • Guiana: Manzoor Nadir

  • Peru: Gilmer Trujillo Zegarra

  • Suriname: Marinus Bee

  • Venezuela: María Gabriela Hernández Del Castillo, Romel Guzamana

  • Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


Fonte: Agência Senado


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