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Estudos promovem a transformação do plástico em matéria-prima

Atualizado: 9 de dez. de 2020



A indústria do plástico, estimada em quatro trilhões de dólares, gera atualmente mais de 300 milhões de toneladas de produtos por ano. Quase metade disso tudo é plástico descartável. Isso significa que milhões de toneladas são feitas e logo em seguida jogadas fora. O Brasil, por exemplo, produz 0,17 quilos de lixo plástico por pessoa todos os dias. Em um ano, o montante chega a 10 milhões de toneladas.

Segundo estudo publicado na revista Science, cientistas descobriram uma nova maneira de reaproveitar o polietileno, polímero mais simples e o plástico mais comum no mundo. Isso impacta positivamente na diminuição da poluição ambiental, visto que, muitas vezes, pela deficiência do sistema de reciclagem brasileiro, diversos produtos são descartados e vão parar em aterros sanitários e oceanos, onde se decompõe lentamente. Ou são incinerados e acabam liberando toxinas.

Nesse estudo, foi encontrada uma maneira de acelerar o processo de quebra do polietileno transformando-o em moléculas que podem ser utilizadas em cosméticos, detergentes, lubrificantes para maquinas e fluidos de refrigeração. Apesar de outros estudos abordarem outras formas de quebra desse componente, a atual é a mais eficaz, já que não necessita de muito aquecimento e não utiliza solvente, nem hidrogênio adicionado.

O processo depende exclusivamente de um catalisador e permite extrair moléculas intactas. Consome muito menos energia, além de ser mais rentável financeiramente e, portanto, a técnica poderá ser usada para dar aos plásticos uma nova vida como matéria prima valiosa.

Em entrevista ao portal UOL, Mahdi Abu-Omar, engenheiro químico da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara e coautor do estudo afirmou que de certa forma, esse novo processo criou novas maneiras de fazer química e levantará novas descobertas e paradigmas.

É importante ressaltar que a ciência busca reduzir os impactos da destruição do planeta, com isso, é essencial que as indústrias não vejam o estudo como uma alternativa para produzir mais plástico, mas sim como um meio de sanar as destruições causadas por sua produção e descarte inadequado.


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