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Slow Fashion: O caminho para a sustentabilidade

Atualizado: 9 de dez. de 2020


Reprodução: Black Purpurin

A indústria da moda é uma das mais poluentes, uma vez que o setor é o que mais consome água e emite cerca de 10% dos gases-estufa do planeta. Em contrapartida, segundo dados da ONU, é um dos maiores motores econômicos do mundo. Com o passar do tempo e o desgaste ambiental, surgiu à preocupação com a sustentabilidade, onde novas práticas e questionamentos têm sido levantados.

O Slow fashion é um movimento vinculado aos princípios da Filosofia Slow, e surgiu em 2004, na Inglaterra, após a origem do slow food. Crítico as práticas capitalistas que visam o lucro acima de tudo, seus princípios são qualidade sobre quantidade, solidariedade, responsabilidade social e um modelo de produção justo.

Em oposição ao fast fashion, sistema de moda atual, o slow surgiu como uma alternativa socioambiental. No setor têxtil, o movimento atinge diversos desdobramentos como: o tratamento de efluentes, o uso de materiais ecofriendly na confecção de peças e um método tributário mais justo para os empresários nacionais.

Para que o consumidor coloque em prática de modo direto os princípios dessa moda sustentável, diversas alternativas foram criadas. O incentivo ao empreendedorismo local é uma delas. Marcas pequenas, que não produzem em larga escala, possuem uma menor probabilidade de exploração trabalhista e degradação ambiental, apesar dos preços mais altos, tornam-se uma opção extremamente viável para quem busca uma vida consciente.

Além disso, o consumo em brechós é outro fator defendido, visto que a roupa é repassada, e não descartada. Assim, promove um ciclo saudável que diminui a produção de peças, já que uma única roupa pode ser usada por diversas pessoas. A moda é cíclica e as tendências de anos atrás sempre voltam à tona, o que torna esse consumo não só consciente como também fashionista.

O investimento em peças agênero é outro exercício defendido pelos adeptos ao slow. Roupas que não se limitam entre masculino e feminino são mais versáteis e, por isso, mais fáceis de serem compartilhadas, portanto, estimulam a diminuição da aquisição de novas peças.

Uma alternativa em destaque recentemente é a produção de mercadorias de baixo impacto ambiental, feitas através de materiais reutilizados e biodegradáveis, sem o uso de químicos, como roupas, acessórios e sapatos. O uso de tecnologias é essencial no processo. Impressoras 3D e a marchetaria, colagem manual da madeira, são muito utilizadas.

E para quem deseja se informar mais sobre o assunto, o documentário The True Cost, disponível na Netflix, mostra a realidade por trás da moda e sua relação com o capitalismo, fazendo uma crítica direta às grandes marcas e suas contribuições para a degradação ambiental.

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